quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Qual o critério?

Boa parte dos biólogos colocam a espécie humana como o melhor exemplo, o mais bem acabado da evolução. Mas será mesmo assim? Esta é uma pergunta um tanto complexa e mais ainda complicada, a depender do critério utilizado, se torna esta resposta.
Sabe-se que cronologicamente a espécie humana é uma das últimas a surgirem. Só como exemplo, as baratas são contemporâneas aos dinossauros e mesmo algumas bactérias têm 4 bilhões de anos (aproximadamente).
Fisiologicamente também a espécie humana tem várias limitações. Morcegos, pássaros e mesmo insetos podem voar; lagartixas possuem um sistemas de "ventosas" que lhes permite escalar superfícies planas. Um certo rato do deserto, por exemplo possui balanço hídrico zero, assim é capaz de praticamente não beber água durante o seu ciclo de vida, já a nossa espécie sem água pereceria, no máximo em três dias.
Do ponto de vista trófico não somos capazes de sintetizar nosso alimento, para isto dependemos basicamente das plantas e das algas e o mesmo se aplica ao oxigênio. Em suma, somos grandes "parasitas" da humanidade. E mais parasitas porque costumeiramente colocamos em risco várias espécies, o que nenhuma outra espécie animal (ou forma de vida) faz.
Tartarugas, aves e mesmo elefantes são capazes de prodígios em termos de deslocamento e orientação. Baléias e tartarugas vão sempre se reproduzir nas mesmas praias que nasceram; aves são capazes de se deslocar através de continentes, elefantes guardam na "memória" o local que devem morrer.
Então a pergunta que "não quer calar": qual o critério para muitos defenderem que a espécie humana é a forma biológica "mais evoluída"?!